Foram divulgadas ontem as imagens do photoshoot que o Ian fez para o site ContentMode. As fotos estão na galeria do site, e logo abaixo vocês podem conferir a matéria traduzida, onde o ator fala sobre sua carreira, sobre sua fundação, sobre a experiência de filmar o documentário Blue August e sobre as coisas boas em sua vida.
créditos.
Fonte | Tradução e Adaptação: Jullie – Equipe Ian Lovers
Existem vários modos que você pode descrever a entidade multifacetada que é Ian Somerhalder: Ator. Vampiro televisivo que não brilha. Filantropo. Autoridade em tartarugas marinhas. Cavalheiro do Sul. Muito abençoado no departamento genético, ele pôde começar a carreira de modelo aos 10 anos. E embora ele interprete uma criatura morta em The Vampire Diaries (o perigoso e sedutor Damon Salvatore), na realidade Somerhalder é super ligado em homólogos da vida, como evidenciado por seu trabalho ambiental que inclui sua própria instituição de caridade, a Ian Somerhalder Foundation.
Suas fotos para nós foram tiradas em um apartamento de Hollywood dos anos 20 que já pertenceu a William Randolph Hearst. Você comentou sobre as diferenças da Velha para a Nova Hollywood. O que isso significa para você?
A Velha Hollywood era uma época que a imagem e o som delicadamente e deliberadamente andavam juntos para pintar um belo retrato da vida em movimento. Embora a arte seja presente e contínua, hoje você tem que passar pela comercialização de tudo para achar a integridade artística que era destaque no passado.
Milan Kundera escreveu uma vez, “Nostalgia é o sofrimento causado pela ânsia insaciada de voltar”. Você tem uma vontade insaciada ou deseja ter vivido em outra época?
Cada era pode ser distinguida por suas próprias características, mas eu sou incrivelmente grato de fazer parte dessa época presente. Esse momento na história é realmente um despertar. Nós vivemos em uma era de tremendas informações que podem ser obtidas sem esforço, capacitando-nos a encontrar o que realmente ressoa dentro de nós. Quero dizer, se você estiver realmente perguntando por uma década, talvez – se eu tivesse que responder essa questão por se tratar de algo do tipo ‘vida ou morte’ – eu diria que um período abundantemente selvagem e artístico teria sido aos anos 20. Talvez. Porém, o excesso e a riqueza da vida daquele momento ficou um pouco fora de mão e foi vencido pela depressão.
Sobre o que você se sente nostalgia?
Crescer na Louisiana rural. Eu me pego relembrando sobre pisar fora de casa e absorver a magnitude da natureza intocada…me conectando à variedade de vida demonstrando sua presença em nosso ecossistema. Essa experiência foi muito significativa na formação de quem eu sou. Nós precisamos proteger essa experiência para que futuras gerações tenham a oportunidade de apreciar a interconectividade dessa Terra e todas as suas criaturas.
Você trabalhou pelo menos durante metade da sua vida. Você já pensou em dar uma pausa e fazer outra coisa? Você é o tipo de pessoa que consegue apenas relaxar e não fazer nada?
Eu vi uma placa outro dia – eu na verdade twittei sobre isso também – que dizia, “A vida é mais curta do que você pensa”. Cada minuto que estamos vivos é valioso. Eu realmente acredito que se você passar esses momentos sabendo que você vai deixar o mundo um melhor lugar do que você o encontrou, isso é um tempo bem gasto e, finalmente, é algo mais gratificante.
Houve alguma outra escolha de carreira enquanto você era criança? O que te convenceu a ficar na frente das câmeras?
Eu sempre escrevia quando era criança…esse era um caminho que eu realmente teria gostado de seguir. Atuar, porém, é um ofício único que possui uma obrigação distinta de encontrar as verdades inegáveis dentro do personagem que você encorpora. Permite que você fique realmente aberto para descobrir várias camadas da nossa realidade e retransmitir a vulnerabilidade da experiência humana. Como um ator, você espera nunca parar de crescer e cada novo papel te garante isso. Eu também queria ser biólogo marinho porque eu praticamente cresci dentro da água. Porém, um amigo dos meus pais me fez a pergunta relacionada ao meu desejo de ser biólogo marinho; se eu queria passar o resto da minha vida implorando dinheiro para as pessoas para projetos com os quais ninguém se importa. Agora, felizmente, eu posso usar o entretenimento para ajudar esses biólogos marinhos a encontrarem o necessário para conduzirem os estudos.
Como exatamente uma criança de dez anos de idade (a menos que seu nome seja Brooklyn Beckham) se torna um modelo profissional?
Parece haver uma similaridade entre Brooklyn Beckham e eu: uma família que mostra apoio. Quando criança, meus sonhos eram desinibidos e eu fui encorajado a explorar cada aspecto da minha personalidade e analisar oportunidades que vinham ao meu encontro. Foi uma infância bem única, mas que eu não trocaria por nada.
Tenho certeza de que foi uma experiência maravilhosa. Modelar foi algo que uma criança tão jovem pôde intelectualizar? O que você absorveu para a sua vida e aprendeu naquela época?
Independente da idade, todo mundo, em qualquer que seja a parte da jornada em que estiverem, pode intelectualizar a experiência de seu próprio modo. Sendo tão jovem, eu estava absorvendo a forma como funcionam as relações…como as pessoas se relacionam umas com as outras… o que é preciso para um ser humano se conectar com outro ser humano. Todo dia é um estudo na humanidade e isso foi só o começo memorável de uma vida inteira de aprendizagem.
Sua fundação, a filantropia e trabalho ambiental são coisas muito interessantes. Você pode falar um pouco sobre elas – o que são, da onde surgiram, quais experiências você ganhou, e quais desafios você enfrentou?
Ao observar o atual estado do mundo, é aparente que nós todos temos a responsabilidade de emprestarmos nossas habilidades para consertar as bagunças que nós, humanos, fizemos. Eu sou profundamente grato ao fato de que a minha vida me levou a ter acesso à uma plataforma pública. Com essa plataforma, nós na Ian Somerhalder Foundation podemos agir como um megafone para várias vozes que não são escutadas ao redor do globo. Essas vozes se juntam para fazer uma tapeçaria que tem um potencial extraordinário nesse planeta. Essas vozes também se tornaram minha família. O único desafio real é aperfeiçoar a vasta gama de habilidades e paixões que nós temos para encararmos nossos objetivos um dia de cada vez.
Como foi sua experiência em Trinidad e Tobago filmando o Blue August, um documentário sobre tartarugas marinhas? Você teve que investigar algo da cultura ou encontrar pessoas locais? A maioria das espécies de tartarugas marinhas está ameaçada de extinção, então o que pode ser feito ou o que está sendo feito para evitar isso?
Trinidad e Tobago foi uma experiência de alerta. As pessoas são maravilhosas, assim como a topografia. Porém, ver as florestas destruídas e ver como essas tartarugas estão quase extintas por causa das terríveis práticas de pesca, perda de habitat, e caça ilegal de ovos…eu percebi que a perda de uma espécie vai ter um efeito no ecossistema inteiro. Um exemplo é a tartaruga-de-couro: elas comem uma coisa, águas-vivas – centenas de quilos por ano. Se e quando as tartarugas-de-couro forem extintas, as águas-vivas vão se proliferar e lotar o oceano. O que isso significa? As águas-vivas matam os peixes da superfície que são o topo da cadeia alimentar, destruindo populações de peixes que levam à escassez de alimento, uma situação que nós não podemos experimentar. Porém, isso também me deu muita energia e entendimento que uma criatura que viveu na Terra por 100 milhões de anos tem sido praticamente dizimada nos últimos 50 anos pela humanidade.
Para onde você nunca viajou, mas quer viajar?
Na minha linha de trabalho, eu viajo quase sem parar. Mas independente da frequência das minhas viagens, isso nunca é algo maçante. Toda vez que saímos de nossas rotinas, nós estamos nos permitindo aventurar fora da nossa zona de conforto. Existem realmente vários belos lugares nesse planeta para onde eu adoraria viajar, especialmente lugares em necessidade de consciência ecológica e ambiental: Malvidas, Haiti, Vietnã, e o Ártico.
Damon, seu personagem em The Vampire Diaries, é um cara complexo. Ele parece angustiado em decobrir e viver sua real natureza. Quais foram seus pensamentos iniciais ao entendê-lo e o que é necessário para nutrir um personagem mais profundo a cada temporada? Isso é algo que acontece naturalmente ou conscientemente?
Entender Damon tem sido uma jornada, mas minha guia durante essa jornada tem sido Ivana Chubbuck. Ela é uma técnica de atores fenomenal que teve um efeito penetrante sobre como eu consegui compreender Damon. Nós pegamos cada roteiro e desmontamo-os para encontrar as necessidades de Damon e as verdade que ele possui dentro de sua própria realidade. Para obter essas verdades, eu tenho que encontrar um casamento de coisas na minha própria vida que vai ser o “tecido conector” entre o que está na página e o que estará nas telas.
Como você descreve seu estilo? Você curte moda? Você tem um senso forte de estilo e gosta do espírito de se vestir, ou é muito mais divertido ter alguém que te diga o que usar?
Moda para mim é conforto. Eu acho que quanto mais confortável e natural você estiver em seu estilo de roupa, mais genuíno você se sente. Eu sempre gostei de moda, mas pessoalmente eu sou relativamente simples em minhas escolhas.
Você dá palpites no seu visual para um trabalho ou produções?
Absolutamente. O que você veste altera completamente o jeito como você se porta e até mesmo o jeito como você fala. Eu aprecio trabalhar com um time que carrega uma atitude colaborativa para fazer o personagem se tornar real com cada detalhe, incluindo o guarda roupa.
Você esteve na brilhante série de vida curta chamada Tell Me You Love Me, do canal HBO. Aquele seriado tinha todos os ingredientes de algo de sucesso, mas foi cancelado. Obviamente, esse meio todo é um grande jogo de dados. Você acha que isso é frustrante?
Era uma história muito complexa e eu acho que [o cancelamento] aconteceu cedo demais.
Quem são as pessoas que contam mais em sua vida para lhe dizer a verdade? Para fazer você rir? Para fazer você pensar?
Minha família. Meus amigos. A equipe. As pessoas que trabalham na Ian Somerhalder Foundation. Na vida, nós parecemos “chamar” pessoas em nossa direção que pensam igual. Na minha vida, eu sou cercado por todos os diferentes tipos de pessoas que simultaneamente me incentivam a pensar, me fazem rir, e definitivamente inspiram honestidade.
créditos.
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