É sempre estranho ver pessoas de Hollywood nas ruas de New York. Eles parecem brilhar de uma forma que ninguém ficando mais de três dias em NYC consegue. Ian Somerhalder não é excessão. Ele chegou para a sua entrevista com a Collectively de modo arrumado e saudável, algo comum em uma entrevista com uma estrela de Hollywood. Mas em cinco minutos de nosso bate-papo, estava claro que isso não seria outra básica entrevista de Hollywood. A estrela de Vampire Diaries, e fundador da The Ian Somerhalder Foundation, e eu conversamos por uma hora e meia sobre qual o porquê dele acreditar que precisamos nos mobilizar para mudar o mundo de hoje, porque Gen-Y é a chave, e como é aparecer ao lado de grandes nomes de Hollywood como Harrison Ford e Julia Roberts no novo filme da campanha da Conservação Internacional, Nature is Speaking.Collectively: Como você se envolveu na campanha da “Nature is Speaking”?
Ian: Se você tivesse me perguntando quem eu gostaria de ser quando crescer eu diria Peter Seligmann, presidente da Conservação Internacional. Esse cara é literalmente um dos mais importantes pensadores, líderes, vozes e atuantes na conservação global atualmente.
Eu conheci o Peter em 2006, e meu sonho naquela época era fazer o que Harrison [Ford] fazia, eu queria fazer parte do CI, fazer as coisas acontecerem. Eu quis ajudar o Peter a criar todas essas coisas incríveis no mundo com a CI.
Quando o Peter me mostrou o vídeo do oceano com Harrison — puta merda, você ouve aquela voz que nós conhecemos tão bem e é tão suave e então você começa a ouvir as palavras e elas são afiadas como navalhas.
Você o escuta dizer, “Eu não preciso de você. E você percebe que a natureza não precisa das pessoas… as pessoas precisam da natureza… O oceano não precisa de nós para sobreviver, ele tem existido de diferentes maneiras desde o início dos tempos.
Collectively: Então, por que o Recife de Coral?
Ian: Se eu dissesse: “ei, o que você acha que o meio ambiente é?” Você diria: Ah, você sabe, qualquer coisa -
Collectively: –É onde nós vivemos.
Ian: É, é o mundo natural que nos cerca. Bem, pense nisso por um segundo, melhor do que estar dentro ou fora do meio ambiente, você é parte dele. A árvores do mundo são literalmente os nossos pulmões, elas limpam o ar, processam o ar, os rios, lagos, córregos, oceanos são nosso sistema cardiovascular carregando todos esses nutrientes virais para todos os órgãos que realmente compõem este organismo.
Nós temos o mesmo processo biológico que o mundo e se você cortar todas as árvores, você não consegue respirar. Se você poluir e todos os sistemas de água… então a terra não pode mais transportar todos esses nutrientes vitais para os órgãos que precisam deles. Então o que acontece?
Collectively: Você morre.
Ian: O organismo começa a morrer. É a mesma coisa.
Collectively: Totalmente. E quando você me diz isso, parece tão simples e faz tanto sentido. Então onde você acha que esse tipo de desconexão está acontecendo com as pessoas? Porque obviamente ainda estamos cortando árvores e causando a poluição.
Ian: Na verdade essa é realmente uma ótima pergunta. Interconectividade, certo? É maravilhoso que podemos mandar uma quantidade de informação de um celular e milhões de pessoas vão ver. Então eu acho que o nosso trabalho é redefinir e remixar esse ideal de conexão e criar uma aprendizagem experiencial. Colocar alguém em um equipamento de mergulho e deixá-lo abaixo da superfície do oceano ao longo de um recife de coral, vai fazer com que sua relação com a água nunca mais seja a mesma. Então, eu acho que é sobre nós realmente restabelecermos a nossa capacidade de estar em nosso meio, seja na água, seja nas montanhas, estar fora.
E como pais ou professores, é o nosso dever mostrar aos jovens como construir a próxima geração usando três componentes principais, reverência, gratidão e compaixão. Se nós tivermos a próxima geração de pessoas vindo ao mundo em que existem esses três pilares ou usá-los para criar uma estrutura holística da vida, adivinhem? Não haverão ilhas de lixo no oceano, não haverá animais de rua ou pessoas, não haverá escassez de alimentos, secas, simplesmente não vai acontecer.
Collectively: Sim, e parece pra mim, que o tom do vídeo do recife de coral é um pouco diferente dos outros, do Kevin, do Harrison. Tem mais empatia. Onde você pensou sobre esses três pilares quando você gravou o vídeo?
Ian: Sim, eu sou todo voltado ao combate, eu amo isso. Eu amo provocar. Mas há muita coisa legal em positividade e você realmente quer capacitar as pessoas ao invés de apenas derrubá-los o tempo todo. Porque eu sabia que tantos jovens veriam isso, eu queria que eles literalmente sentissem o quão bonito é o recife. Eu queria que eles sentissem literalmente o sentimento que você tem quando mergulha com cilindro ao longo de um recife de coral. É surreal e é envolvente e é quente e você quer isso. Você quer ser atraído por isso.
Eu realmente queria que as pessoas saíssem com o sentimento de se sentirem habilitadas… não tranquilos, mas chateado que os recifes de coral fornecem 375 bilião dólares por ano em bens e serviços, tudo, desde a pesca à proteção da tempestade, e não estamos protegendo-o.
Collectively: Como você se preparou para o papel?
Ian: Bem, eu tenho cerca de, nem mesmo eu sei… provavelmente 125 mergulhos sob a minha cintura. Eu gasto uma quantidade significativa de tempo na água. Falando de novo, é empírico e isso é uma das coisas incríveis que a CI tem feito. Vendo esses filmes, eles não são vídeos, eles são filmes, ouvindo essas vozes … é a aprendizagem empírica.
Collectively: Certo, porque isso ajuda a criar a conexão.
Estes filmes são lindos e as vozes são reconhecíveis e eles são pessoas que já temos respeito. E eu acho que ele está trazendo uma nova idéia para este reino sustentável. Como, como é que vamos tornar a sustentabilidade e proteção do planeta, mais atraente, mais sexy, mais interessante, porque eu acho que às vezes ela fica mal representada.
Ian: Esse é um ponto muito, muito interessante.
Como podemos transformar o verde em sexy? Pessoas se envolvem quando você é tem compaixão e tem a, meios espirituais mentais, físicos e emocionais para perceber que ele é louco por apenas caminhar a esmo pela vida e desperdiçar tudo e nunca reciclar, ou dirigir um carro que não faz nada além de sugar combustível e pensar que é totalmente ok queimar carvão para ter poder.
Collectively: Por que você acha que é importante fazer com o que a nossa gerão se envolva nesses problemas?
Ian: O recurso natural mais subutilizados, desvalorizado e inexplorado no mundo é a nossa juventude. E por sinal, eles compõem metade do planeta e eles vão governar o planeta então por que não podemos dar-lhes as ferramentas para fazer isso?
Quando você toma os seus medos e as suas paixões ou suas habilidades e as coloca em conjunto, de repente você vê que as pessoas percebem, ‘ai merda, esse é o meu propósito, este é quem eu sou. ”
Collectively: O que você acha que é diferente nesta campanha em relação a outras como ela, que estão tentando alcançar a mesma finalidade?
Ian: Bem, não há nenhum como ele, não como este. Se você olhar para o poder atrás disso não só em relação a visão, mas a execução: Robert Redford, Julia Roberts, Penelope Cruz, Ed Norton, Kevin Spacey, Harrison, quero dizer, são pessoas poderosas. O que é diferente sobre essa é que quando as pessoas vêem o visual, eles podem provocar medo, mas eles também devem estimular suas próprias paixões e forçá-los a ter uma conversa realmente honesta com você mesmo sobre o que seu propósito é e como você deseja ampliá-lo
Eu não acho que esses tipos de vídeos já foram feitas em uma esfera sem fins lucrativos, não como esse. É muito legal, cara, eu quero dizer, é além, é foda.
Collectively: Você acha que derrubar essa barreira para a ação é a chave? Tornando-se tão simples como compartilhar ou assistir?
Ian: Sim, porque a mudança climática e branqueamento de corais e destruição de corais e destruição do oceano e destruição da floresta tropical é tão assustadora. Mas quando você simplifica isso, quando você realmente simplificá-lo, então você chega à conclusão – que, sem ecologia não há economia.
Collectively: Então para Gen Y agora, o que você acha que é a maior barreira para eles para agir?
Ian: Você quer saber realmente uma das maiores coisas, nós estávamos falando sobre isso mais cedo. Consumidores habilitados e educados, o que estou comprando e de quem? E como é que ele chegou lá? Como eles fabricaram isso? Votamos a cada dia com o nosso dólar, comprando essa caneta ou este cálice ou aquele carro, quais são as empresas que estamos comprando? E se eles estão utilizando práticas de negócios sustentáveis na sua distribuição e fabricação, embalagens, tudo.
Sustentabilidade precisa ser redefinida, é fazer mais com menos. Como você cresce com uma trajetória que está realmente criando vida e coisas como água e oxigênio e que tem empresas que diminuem as emissões e subprodutos.
Collectively: Como você acha que vamos fazer isso?
Ian: Eu não me importo como eles chegam lá, eu só quero que eles cheguem lá. Isso é esta geração. Conservadora de 36% de tudo o que será extinto em 50 anos, que é conservador, muito conservador. Então, quando você faz aderência a todos os pequenos componentes extras, você está olhando para quase a metade, e vai literalmente ser a maior extinção em massa desde os dinossauros há 65 milhões de anos. Que loucura é essa, o quão estúpido é isso?
Nós precisamos usar nossos cérebros, inovação juntamente com a tecnologia, compaixão, reverência e gratidão, literalmente, vai moldar e mudar todo o planeta.
E eu estou tão otimista sobre isso que é uma loucura. Nós estávamos realmente apenas olhando para um estudo hoje que a partir de juniores para calouro na faculdade, apenas 20% disseram que incluem mesmo o ambiente em suas vidas diárias. Isso não é tão legal.
Collectively: Definitivamente não. Isso é surpreendente para mim.
Ian: Sim, mas eu estou dizendo a você, eu vejo isso todos os dias, essas pessoas, esta geração capacitada que estão falando merda e eles são tão apaixonados. O ar puro, alimentos e água limpa são importantes para eles, e eles estão compartilhando isso.
Collectively: Concordo plenamente. Se não conseguirmos fazer com o que as pessoas começem a ouvir agora, se você não o levarmos a começar a cuidar através de todos os meios possíveis, como você diz, vai ser tarde demais.
Ian: Eu não me importo como a informação chega lá, se eu tiver que de tirar a minha camisa uma vez por semana para que as pessoas prestem atenção, então que assim seja.
créditos. Tradução: Morgana. Equipe ISF.
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