Muito ocupado pra ficar parado, Ian Somerhalder responde nossa entrevista em seu carro enquanto se dirige pra trabalhar na gelada Atlanta, Georgia. Ele não esperava isso quando se juntou ao elenco de The Vampire Diaries, série que alavancou sua carreira rapidamente. É uma caçada, mas esse é o jeito dele, ir além dos limites da emoção.
“É três da manhã, a hora das bruxas para alguns, mas pra mim é geralmente a hora de assistir séries na TV. É uma selva lá fora, tem ménades, lobisomens e homens-panteras de True Blood, tem zumbis de The Walking Dead, mas é com Ian Somerhalder, intérprete do papel de vampiro rebelde, Damon Salvatore em The Vampire Diaries, que eu venho conversar na calda da noite.
Ian faz o tradicional vampiro: estranho, cruel e tendo poderes de persuasão tão potentes quanto veneno. Na telinha e também pelo telefone, ele é deslumbrante. Me dizendo “ Aww, você é tão doce”, imaginem o meu sorriso depois de escutar isso. Sim, fanatismo presente!
Mas muito antes de embarcar no trem dos vampiros, Ian já era conhecido como Boone, de Lost. Pensando que ele tinha tudo ao seu favor depois da série, ele tentou o papel de Jason Stckhouse em True Blood. Embora ele tenha crescido em Louisiana, onde o cenário de Bom Temps está localizado, a familiaridade com o local não deu a ele o papel. Eu não culpo Alan Ball, até onde nós sabemos Ian não representa a perversão sulista, mas sim a sofisticação de alguém bem antigo. Isto facilita a entrada de Somerhalder em Hollywood com um sorriso e um brilho que pode estontear qualquer telespectador.
Quando era criança experiências com vampiros “Eu me lembro que eu era tão jovem, eu tinha um amigo imaginário chamado Ian cujo minha família teve que agüentar durante um ano” Ian diz. “Ian gostava de tudo que eu gostava, então eu pedi pra minha mãe em pacote de chicletes e ela me achou depois de uma hora com a boca cheia deles. E depois disse, ‘Espere um momento, eu achei que alguns deles eram pro Ian’ e eu disse ‘Não, não. Ian não gosta desse sabor’. [risadas] Então eu costumava fazer coisas como esta. Isso fez com que minha mãe percebesse que eu nasci pra ser ator.
Ele se tornou modelo aos 10 anos, posando pra Calvin Klein, Dolce & Gabbana, e até mesmo Toys ‘R’ Us. “Você sabe, eu costumava pensar ‘eu perdi minha infância’”, Ian diz. “Eu não penso nisso mais, eu cavalgava, eu brincava com meus amigos. Eu fui muito sortudo de ter a experiência que tive porque isso me moldou pra ser o que sou hoje.”
Se teve, contudo, uma coisa que eu queria ter tido como fazer, foi estudar história da arte. “Eu amo arte, eu queria ir pra NYU, mas eu acabei entrando pra TV e me mudando pra LA, “ Ian diz. “Você pode aprender história da arte, obviamente, apenas sendo um perito em art. Digo, eu vou a galerias de arte em todo o mundo, eu leio muito sobre isso, eu só queria ter sido capaz de fazer um curso intensivo. Eu, hoje em dia, quero aprender a pintar, além de gostar muito de música também. Não que eu pudesse tocar de qualquer maneira, mas muitos amigos meus (My Morning Jacket, Bright Eyes) são excepcionalmente talentosos e bem sucedidos músicos.”
É garantido que Ian pode ser “o cara” em Hollywood, ele fala sobre seus outros trabalhos como a fundação Ian Somerhalder, que protege animais e meio-ambiente. Uma vez, ele se dirigiu pra Capitol Hill para testemunhar no Congresso sobre a salvação das tartarugas. Eles também tiveram agora a pouco a primeira festa beneficente, que teve como tema o estilo burlesco, que Ian pensa que Dita Von Teese iria ter adorado. Ian diz, “Eu não queria dar apensar um jantar simples com todo mundo em seus ternos e gravatas, queria que fosse uma festa como uma reunião de celebração.
Se Ian quisesse, ele poderia aproveitar todo o prazer que este mundo pode oferecer, mas ele não precisa de diversões passageiras em que vampiros se enfiam. Ao invés disso, atuar, apreciar arte e levantar fundos toma a maior parte do seu tempo. Ele está longe de lamentar o lado ruim de seu trabalho, a falta de privacidade. Ele, ao contrário, pensa que tem o melhor emprego do mundo.
Eu peço a ele um conselho às pessoas que querem atuar e ele exclama, “Não façam isso!” Ele ri, complementando, “Necessita de muita perseverança e tenacidade pra trabalhar nesse ramo. Há pouco espaço vago, mas, honestamente, o único conselho que posso dar – e sou péssimo com conselhos – é que se você está tentando um papel, você tem que entrar no personagem, você tem que saber o que está falando e porque está falando. Você tem que saber e pensar em um jeito mais fácil de fazer isso, francamente – vai soar como propaganda, mas James Franco, Charlize Theron, Halle Berry, eu costumava usá-los – é só ler o maldito livro: O Poder do Ator, de Ivanna Chubbuck. Mesmo os pseudo, frustrados ou atores em ascensão não concordem, é verdade. Atuar é difícil, mas Ian revela sua dica: “Você aprende muito sobre você mesmo, tipo como não se julgar,” ele diz. “O único jeito de realmente se conectar com o personagem é fazer as falas serem verdadeiras pra você, é usar algo que uma sua própria vida à vida daquele personagem. Quer dizer, o único modo de fazer uma cena parecer real pra você é se você se jogar em suas próprias experiências – passado, presente e futuro.” Equipado com isto, ele pode pegar qualquer papel. “Não nenhum papel dos sonhos… eu só quero fazer bons filmes, com grandes produtores e ótimos atores. Eu amaria se fosse divertido… eu amaria ainda mais se fosse um drama inacreditável,” ele diz.
Depois de quase uma hora de conversa, percebi que eu poderia sentar e conversar por mais três horas ou mesmo o resto do meu dia. Eu me refiro a ele como artista ou ator, mas ele contesta, “Eu não quero ser chamado de nada, eu gosto de atuar, “ ele diz. “Você pode odiá-lo o tanto que quiser – porque sua namorada adora ele, porque ele faz seu namorada parecer o Shrek, porque ele não te segue no twitter (ele acha que não é justo ele não seguir todo mundo) – mas você não consegue, por quê? Porque ele tem orgulho do que faz, ele é bom nisso e ele vai continuar atuando não importa o que. Ele avisa a todos: “Nada vai me parar, nunca via me parar.” Agora sim, está é uma fala de um imortal.
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