sexta-feira, 21 de março de 2014

Joseph Morgan fala sobre The Originals em entrevista





The Originals me deu a oportunidade de levar Klaus além do que achei ser possível”, diz ele
Em conferência com jornalistas da América Latina, o ator britânicoJoseph Morgan, intérprete e responsável pelo sucesso de Klaus, falou sobre a imprevisibilidade do vilão, os livros e filmes favoritos sobre o mundo sobrenatural e à qual spin-off gostaria de assistir.
Morgan disse não ter ficado preocupado em se comprometer a passar tanto tempo com um personagem – ele gosta de Klaus, assim com milhares de adolescentes. A ideia de atuar em uma série com mesma temática abordada de uma maneira mais adulta o agradou. Desta vez, ele teria a oportunidade de explorar outros aspectos do vampiro/lobisomem, como a dinâmica complicada com o irmão Elijah (Daniel Gillies) e a irmã Rebekah (Claire Holt). O trio pertence ao clã dos Originais (que dá nome a série), composto pelos primeiros humanos a se tornar vampiros.
A família disfuncional, que ele descreve como “três adultos em um mundo de crianças”, é um dos aspectos da personalidade de Klaus aprofundado no spin-off. “Nunca vai haver alguém que Klaus ame e odeie como o irmão e a irmã.”
The Originals me deu a oportunidade de levar Klaus além do que achei ser possível”. Se Vampire Diaries explorava o universo colegial de vampiros tentando lidar com o lado sobrenatural, esta série traz personagens adultos, que não se envergonham do caráter monstruoso e exercem o vampirismo sem culpa. A série conta com mais ação, fruto da guerra travada com as bruxas pela dominação da New Orleans gótica. Morgan também prevê aspectos de filme de terror, que só não causaram pesadelos porque o ator é grande fã do gênero.
Klaus não é um cara legal, e passa longe da imagem de bonzinho. Ainda assim, é popular o suficiente para estrelar uma série só dele.
“Eu gosto do quão mutável ele é. Em uma cena, você acha que ele é o seu melhor amigo e faria qualquer coisa por você. No minuto seguinte, está com medo de que ele te mate… Ele é imprevisível.”
O ator gosta quando precisa ameaçar alguém, combinando o gentil ao assustador da maneira mais eficiente possível. Morgan tenta justificar o comportamento assassino do personagem, associando isso às experiências traumáticas sofridas por ele e acrescentando que Klaus também faz coisas más por bons motivos. “Como ator, eu tenho que sempre procurar o ‘porquê’ de ele estar fazendo isso… Fico orgulhoso por ele ter começado como vilão e ao poucos ter conquistado o coração das pessoas.”
O apelo inesgotável de filmes, livros, histórias de vampiros também atingiu Morgan. Entre os favoritos, o ator citou Entrevista com o Vampiro, série literária icônica escrita por Anne Rice e publicada a partir de 1976, o filme 30 Dias de Noite – “mostra o outro lado dos vampiros, o lado horrível” – e os volumes da obra “autobiográfica” I, Strahd, de P. N. Elrod, que narra a vida do vampiro Strahd. Uma vez que interpreta um híbrido de vampiro com lobisomem, ele não poderia de deixar de prestigiar a literatura dedicada a outra metade do DNA monstro. “O Último Lobisomem, de Glen Duncan, é realmente fantástico.”
“Eu me pergunto se existe algum tipo de esnobismo envolvido”, disse sobre o desequilíbrio entre a popularidade do gênero fantástico com o público, majoritariamente jovem, e com a crítica. “Como se o drama real precisasse acontecer no mundo real”, reclama o ator, que ainda destacou o preconceito em premiações grandes, como o Oscar.
Para Morgan, uma das maiores vantagens de interpretar um imortal é a longevidade garantida, segurança que atores de séries como Game of Thrones não têm – aliás, não de perto. “Eles não vão me matar com tanta facilidade na série, então isso é bom!”, brincou. Se pudesse ver um spin-off de outra trama, Joseph Morgan escolheria uma série derivada de The Walking Dead, estrelada por Daryl Dixon, interpretado por Norman Reedus.
“Eu não sou o único que gostaria disso, eu sei que ele é o favorito dos fãs”, ponderou. “Seria uma série popular, na verdade. A AMC deveria trabalhar nisso.”

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