Quando 2008 chegou ao fim, os vampiros estavam bem estabilizados com a série de filmes “Crepúsculo” e com o começo de “True Blood”, seriado da HBO. A CW, emissora do grupo CBS Corp. e Warner Bros., entrou na disputa com “The Vampire Diaries” – e o risco valeu a pena. Baseado no romance de L.J. Smith, o seriado é centrado em uma garota órfã que ganha a atenção de dois irmãos vampiros enquanto passa pela adolescência, por coisas sobrenaturais e pela morte. Muitas mortes.
Qualquer papo de que TVD era apenas o clone de Crepúsculo para a TV se encerrou quando o seriado estreou no dia 10 de setembro de 2009 para um público de 5.7 milhões de pessoas, e se tornou o seriado mais visto da CW entre o público jovem. Enquanto a audiência da quinta temporada atinga a casa dos 3.8 milhões, seu alcance nas mídias sociais é muito abrangente, com 18 milhões de fãs no Facebook e 420,000 seguidores no Twitter (mais de 17 milhões, se você contar os seguidores dos membros do elenco e da equipe). É considerada a série com maior apelo via mídia social, atrás de American Idol, The Voice e X-Factor, de acordo com o Trendrr, e é vista em mais de 180 países. A galera principal de TVD conversou com o The Hollywood Reporter sobre o sucesso do seriado.
O Efeito Crepúsculo
PETER ROTH, Presidente do grupo de TV Warner Bros. e diretor-chefe de conteúdo: Na época, a Alloy Entertainment, que agora faz parte da Warner Bros., era nossa parceira. Através desse relacionamento, nós fomos expostos a The Vampire Diaries e ficamos tomados por esses personagens.
KEVIN WILLIAMSON, produtor executivo: Há muito, muito tempo, a Alloy levou os livros ao meu escritório, dizendo, “Que tal um filme?” Eu basicamente não li os livros. Eu disse ‘não’ para a premissa e para a ideia. Parecia que, com o despertar de Crepúsculo, aquela não era a direção que eu devia tomar. Então, anos depois, a CW me apareceu com isso.
JULIE PLEC, produtora executiva: Era outubro de 2008, e Kevin e eu estávamos almoçando em Morton com um amigo nosso, Jen Breslow, um executivo da CW na época, que passou 10 ou 15 anos trabalhando para o Kevin. Nós começando a falar sobre vampiros e Crepúsculo e True Blood, e como era uma droga o fato de que ninguém mais queria fazer qualquer projeto envolvendo vampiros porque o mercado já estava cheio deles. Jen disse, “Na verdade, não é bem assim. Nós temos uma série de livros na CW que estivemos tentando quebrar.” Eu não tinha ouvido falar sobre The Vampire Diaries, mas Kevin tinha.
WILLIAMSON: Eu tinha acabo de perder uma pessoa com quem eu me importava muito, e Julie, uma das minhas melhores amigas, disse, “Você precisa trabalhar para poder superar seu luto”. Eu li os livros e me conectei com a história de uma jovem garota que tinha acabado de perder seus pais e estava tentando encontrar um modo de viver novamente. Eu fiquei tipo, “Julie, vamos fazer isso. Nós podemos fazer algo épico.”
ROTH: Eu me lembro que em 2009, aquele foi provavelmente um dos melhores roteiros de episódio piloto do ano.
TRIO ENCONTRANDO O TRIO PRINCIPAL
WILLIAMSON: Elena era loira nos livros e a primeira resposta no Twitter que nós recebemos foi, “É melhor vocês não escalarem uma morena”. Eu a imaginava de cabelo castanho.
NINA DOBREV, elenco (Elena): Todo mundo estava fazendo teste para esse papel e eu apenas apareci [em Los Angeles] depois de terminar meu contrato com Degrassi: The Next Generation no Canadá. Foi uma das minhas primeiras audições, e a primeira vez, eu fui muito mal. Quando eu voltei pro Canadá, eu gravei outro vídeo. Eles me chamaram para o teste em câmera e eu consegui o papel, mas eles não me disseram isso logo de cara.
PLEC:Nós trouxemos o vídeo para a Warner Bros. e Peter Roth pulava de cima pra baixo: “Essa é a nossa garota”. Nós só podíamos escalá-la oficialmente quando tivéssemos os nossos homens.
IAN SOMERHALDER, elenco (Damon): Eu realmente queria me rebelar contra a era Crepúsculo que estava acontecendo. Mas eu percebi que Damon poderia ser um dos personagens mais legais em toda a história da televisão. Eu fiz o teste na emissora e tomei bomba.
WILLIAMSON: As audições dele nunca eram ótimas, mas eu sabia que ele podia fazer aquilo. Eu sabia que ele era aquele personagem. A CW continuava dizendo não. Eles queriam outra pessoa. É a única vez na minha carreira onde, se ele não conseguisse o papel, eu sairia andando. Eles voltaram atrás e disseram, “Ok, ficamos com ele.”
PLEC: Nós vimos Paul Wesley para o papel de Damon no primeiro dia. Ele era o favorito dos nossos diretores de elenco. Nós dissemos, “Ele não está pronto para Damon, não tem humor o suficiente ali.”
PAUL WESLEY, elenco (Stefan): As gravações tinham que começar em alguns dias e eles não tinham um Stefan ainda. Eu me conectei com Stefan e queria interpretá-lo, mas tinha um lance de idade. Eu voltei lá e fiz teste de câmera contra uma dúzia de caras. Foi tipo um American Idol. Nina estava no corredor conversando com todo mundo e eu a evitei inteiramente, e ela pensou, “Quem é esse cara?” Eu sabia que eu queria entrar na sala com Nina e fazer com que a nossa primeira cena fosse a primeira vez que trocássemos algumas palavras, porque era isso que a cena pedia. Eu acho que meu plano funcionou.
UM COMEÇO RÁPIDO
WILLIAMSON: Paul e Nina tiveram uma bela química no episódio piloto, onde Stefan tira uma folha da blusa de Elena no cemitério quando ela cai e ele a ajuda. Eu pensei, “Se as pessoas trocarem de canal e assistirem isso, nós talvez tenhamos algo especial aqui, porque eles estão arrazando.”
DOBREV: Pareceu ser algo certo. Todo mundo tirou uma comigo porque eu era a única pessoa que comprou uma casa [em Atlanta] quando nós começamos a gravar a série. Cinco anos já se passaram e eu sou a única que não tive que pagar cinco anos de aluguel.
PLEC:Kevin e eu nos convencemos de que o lançamento seria a coisa mais constrangedora que já havia acontecido com a emissora, e nós estaríamos mortos na água. Ficamos convencidos de que isso seria a coisa que geraria 1,000 artigos sobre como os vampiros estavam saturados. Lá pelo sexto episódio, nosso primeiro episódio com flashback, o mundo explodiu. Nós acabamos em um monte de listas no final do ano.
WILLIAMSON: Eu tinha dito a Julie que eu queria fazer 24. Se nós fizéssemos uma novela melodramática e lenta sobre vampiros, seria chato. O publico ficaria pulando à frente muito rápido. Eles mandam mensagens de texto enquanto assistem programas de TV. Você precisa dar a eles uma reviravolta. O final da primeira temporada foi um momento brilhante, onde Katherine apareceu e cortou os dedos do Tio John. Meu pai me ligou logo em seguida e disse, “Esse deve ter sido o melhor cliffhanger que eu já vi!”.
UM FRENESI DE FÃS.
SOMERHALDER: O Hot Topic fez pequenas turnês onde nós íamos para uma loja e fazíamos uma sessão de perguntas e respostas. A primeira vez foi em uma praça de alimentação de um shopping em Georgia; nós saímos do ônibus e lá estavam 5,000 garotas gritando. Nós fomos para Londres em 2009 e novamente tinha esse pandemônio maluco, e a série nem tinha ido ao ar no Reino Unido ainda!
DOBREV: Eu me lembro quando The O.C. estreou. Se você não assistia The O.C., você não tinha assunto para conversar, e alguém me disse que a nossa série era assim para as pessoas no colegial. Algumas pessoas me disseram, “Meu amigo tem um pôster seu no armário dele.” Eu nem acredito que eu sou esse tipo de garota agora.
WESLEY: Nós estamos em nossa própria bolha em Atlanta, mas as pessoas começaram a me reconhecer nas ruas, jovens e idosos, homens e mulheres. As pessoas estavam obviamente assistindo essa coisa que acabou se tornando algo grande, culturalmente.
PLEC: Na China, Paul e Ian não conseguiam andar na rua sem serem mobilizamos por garotas, porque eles são muito famosos lá.
WILLIAMSON: A CW fez uma brilhante campanha de marketing de seriados para se conversar, seriados para se twittar. Eles nos encorajavam a twittarmos enquanto os episódios iam ao ar. Acabou-se criando uma vida própria no universo do Twitter.
CHEGANDO A UM MARCO
ROTH: Isso representa a 18º série da Warner Bros. nos últimos 15 anos que alcançou essa extraordinária marca [de 100 episódios]. Nós estamos muito, muito orgulhosos disso. É o material de longevidade e rentabilidade.
MARK PEDOWITZ presidente da CW: Isso significa estabilidade. Significa que todas aquelas afirmações não são reais. As pessoas assistem a essas séries, e também significa que você está lá a longo prazo.
PLEC: Nós queríamos que o episódio de número 100 não fosse apenas um bom episódio para televisão, mas que também fosse uma celebração das nossas experiências uns com os outros.
WILLIAMSON: É incrivelmente gratificante criar um mundo que viveu por 100 semanas na televisão e ser capaz de fazer isso com um bom grupo de pessoas. Eu sou um homem muito abençoado.
DOBREV: Tomara que as pessoas continuem assistindo e que permaneçam tão apaixonadas como são agora, e no futuro, vamos levar isso para 150.
créditos. Fonte | To: Jullie – Equipe Ianradução e Adaptaçã Lovers
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